Um breve sobre o Tiro com Arco no Mundo
O Tiro com Arco é a prática de utilizar um arco e flechas para atingir um alvo, surgiu como atividade de caça e guerra nos primórdios da civilização, com indícios de sua prática ainda na pré-história. A introdução de armas de fogo retirou do arco e flecha sua função bélica, levando-o a um declínio em sua popularidade.
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A partir dos séculos XVI e XVII, entretanto, a prática passou a ser cada vez mais tratada como desporto, com torneios semelhantes aos atuais surgindo notadamente na Inglaterra. O mais antigo torneio de tiro com arco registrado, o Scorton Arrow, foi disputado em 1673 em Shitzu.
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O tiro com arco foi introduzido nos Jogos Olímpicos modernos em 1900, sendo disputado até 1920. A discrepância entre as regras aplicadas nos diferentes países fez com que a modalidade ficasse ausente do evento por várias décadas. A partir de 1972, em Munique, com a adoção das regras da Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA) por um número suficiente de países, o tiro com arco voltou à condição de desporto olímpico, a qual mantém até hoje.
E sobre o Tiro com Arco no Brasil
O Tiro com Arco no Brasil teve uma longa história até a criação da Confederação Brasileira de Tiro com Arco, em 1991. Chegou ao Brasil graças a um idealista, comissário de Vôo da Panair do Brasil, Sr. Adolpho Porta, no começo dos anos 50, quando se encontrava baseado em Lisboa, Portugal.
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Na Feira Popular, evento anual em Lisboa, o Sr. Adolpho conheceu um hábil marceneiro chamado Arlindo, que tinha um stand de tiro com arco. Arlindo notando o interesse do Sr. Adolpho pelo esporte, convidou-o para ser sócio do Glória Atlético Clube, onde praticava.
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Em 1955, quando seu baseamento terminou, Adolpho Porta regressou ao Rio de Janeiro trazendo alvos, arcos e flechas fabricados por Arlindo. Trouxe também um regulamento da Federação Internacional de Tiro com Arco dado pelo Presidente da Federação Portuguesa de Tiro com Arco, Capitão Manoel da Silva.
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Para divulgar o esporte, foi ao Fluminense Futebol Clube, onde conheceu Rocir Silveira, que o apresentou a Waldemar de Oliveira, do Clube Carioca de Tiro e comerciante de artigos de caça e pesca na Rua Regente Feijó, 27. Fez amizade com os filhos de Waldemar, Mazinho e Waldir, que se interessaram imediatamente em divulgar o Tiro com Arco.
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A primeira prova foi realizada em 5 de novembro de 1955, no atual General Dutra, na Quinta da Boa Vista, patrocinada pelo Clube de Tiro e Diário de Notícias.
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O Jornal O Globo instituiu a prova “Flecha de Prata”, com cartazes espalhados pelas vitrines do comércio do Rio de Janeiro. Desta época podemos recordar exímios arqueiros, praticantes por muito tempo: Adolpho Porta, que atualmente mora em Brasília, Jamil Ajuz, Bento Belpomo e Nelson Bastos, já falecidos.
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Os primeiros clubes a promover este esporte foram: Clube Carioca de Tiro, Andaraí Atlético Clube, Clube de Regatas Vasco da Gama, Riachuelo Tenis Clube, Fluminense Futebol Clube e Clube Municipal. E em 19 de novembro de 1958 foi fundada a Federação Metropolitana de Arco e Flecha, no Rio de Janeiro.
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Desde os anos 50, quando Adolpho Porta criou as primeiras associações no Rio de Janeiro, o tiro com arco rompeu as barreiras estaduais e chegou a Minas Gerais e São Paulo, onde outros abnegados como Sudário Ribeiro Gonçalves e Otto Alfredo Rehder, respectivamente, trabalharam incansavelmente e fundaram as federações de seuas estados.
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Podemos considerar o início da década de 70 como o grande passo para o reconhecimento do tiro com arco brasileiro am âmbito internacional, nesta época ligada à CBF – Confederação Brasileira de Futebol – que possuía um departamento que atendia a alguns esportes, incluindo o Tiro com Arco. Nesta mesma época o Brasil promoveu, entre outros, o Primeiro Torneio Internacional, com a participação de Argentina, Uruguai e Brasil. O campeão individual foi o brasileiro Renato Joaquim Emílio.
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Conseguimos nos filiar à FITA em 1972, quando o Brasil teve sua primeira delegação enviada ao Campeonato Mundial, em Geoble, formada pelos arqueiros Renato Joaquim Emílio e Arcy Kempner. Posteriormente, os esportes que compunham o departamento da CBF tiveram condições de criar sua própria confederação, a CBDT, Confederação Brasileira de Esporte Terrestre. O crescimento de federações estaduais e número de atletas possibilitou a criação da Confederação Brasileira de Tiro com Arco, em 1991, criando assim condições para o desenvolvimento do esporte de maneira mais específica e efetiva.